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Melissa expõe o colapso (e o colonialismo) climático

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  A A      Melissa expõe o colapso (e o colonialismo) climático Tempestade de categoria máxima atinge a Jamaica com ventos devastadores. Qual sua relação com o aquecimento dos oceanos? O que revela sobre o fato de as nações que menos contribuem para crise climática serem as suas maiores vítimas À altura em que este texto estava sendo escrito, na tarde desta terça-feira (28), o furacão Melissa, com ventos de até 298 km/h, conforme medições anteriores, chegava à costa da Jamaica. A perspectiva é que ele tenha um impacto devastador no país, que nunca foi atingido por uma tempestade de categoria 5 — o nível mais elevado da Escala de Saffir-Simpson, utilizada para classificar furacões no Atlântico e no Pacífico Norte. Ele atingiu a costa por volta das 13h (horário do leste dos EUA), perto de New Hope. Até agora, em 150 anos de registros, o furacão mais forte a alcançar a ilha caribenha havia sido o Gilbert, em 1988, que chegou ao país como uma tempestade de categoria...

Varoufakis: a lógica econômica dos genocídios

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  A A      Varoufakis: a lógica econômica dos genocídios Com massacre dos palestinos, bolsa de Tel-Aviv subiu mais de 160% e indústria bélica nada em dinheiro. Big techs testam tecnologias de vigilância, manipulação e seleção de alvos humanos por IA – as mesmas que querem usar contra todos nós Por  Yanis Varoufakis , em  seu site  | Tradução:  Rôney Rodrigues No dia 23 de outubro, depus perante o Júri da Consciência, no contexto do Tribunal de Gaza. O foco de minha fala foi jogar luz sobre as forças econômicas que sustentam o genocídio do povo palestino. Eis o discurso: Meu nome é Yanis Varoufakis. Sou economista, político e ativista, representando o MeRA25 da Grécia e também o movimento radical paneuropeu DiEM25. Estou aqui na condição de especialista sobre a maneira pela qual a dinâmica do capitalismo está alimentando e reforçando o genocídio do povo palestino. Com o objetivo de auxiliar o júri a chegar a um veredito fundamentado, abordarei...

Quem matou a indústria brasileira?

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  A A      Quem matou a indústria brasileira? A guerra silenciosa entre política industrial e macroeconomia que transformou uma potência em economia de serviços Quem matou a indústria brasileira? Essa é a pergunta que economistas, empresários e formuladores de política deveriam fazer todos os dias. Entre 1930 e 1980, o Brasil foi um dos três países que mais cresceram no mundo. Construímos uma estrutura industrial complexa, desenvolvemos setores de ponta e éramos referência em desenvolvimento econômico. Mas algo aconteceu. Hoje, a indústria de transformação que representava 25% do PIB caiu para míseros 10%. Viramos uma economia de padarias, cabeleireiros, manicures e motoristas de Uber. Engenheiros viraram motoristas de aplicativo. A sofisticação produtiva desapareceu. A desindustrialização precoce em números: a indústria no Brasil perde espaço e os serviços tradicionais crescem — com produtividade muito menor. O culpado não é a falta de políticas industriais. O ...

Desigualdade: O ácido na ferida climática

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A A      Desigualdade: O ácido na ferida climática Relatório da Oxfam revela: 0,1% mais rico do planeta emite, em apenas um dia, mais carbono do que metade da população durante um ano inteiro. Eles são responsáveis por milhares de mortes e perdas econômicas. Nunca haverá justiça climática sem taxar os bilionários Um novo relatório da Oxfam Internacional alerta para o peso desproporcional das emissões de carbono entre as faixas de renda mais altas e mais baixas da população mundial. Segundo o estudo, o 0,1% mais rico do planeta emite, em apenas um dia, mais carbono do que metade da humanidade durante um ano inteiro. A pesquisa  Saque Climático: como poucos poderosos estão levando o planeta ao colapso  mostra que, desde 1990, o grupo mais rico aumentou em 32% sua participação nas emissões globais de CO₂, enquanto a metade mais pobre reduziu sua parcela em 3%. Se todas as pessoas do mundo tivessem o mesmo padrão de consumo do 0,1% mais rico, o orçamento g...

Tarifa Zero nacional: uma proposta viável

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  A A      Tarifa Zero nacional: uma proposta viável Em Belo Horizonte, vereadores rejeitam o modelo mais avançado do mundo: tributar empresas para financiar o direito ao transporte. Benefícios são mútuos: economia para empregadores e aumento de renda para trabalhadores. Lula pode nacionalizar a pauta Por  Giancarlo Gama,  no  JOTA O presidente Lula pediu à sua equipe ministerial estudos para a implementação de uma política nacional de transporte público gratuito. O debate sobre a gratuidade é uma pauta histórica no Brasil. De 2015 para cá, o número de cidades com sistema de transporte público gratuito cresceu mais de 300%, posicionando o país como o que mais possui municípios com gratuidade no mundo. Fruto das lutas dos movimentos sociais, esse avanço marca a conquista do transporte como um direito básico, ainda não plenamente concretizado. Agora, o país tem a oportunidade de nacionalizar a pauta e revolucionar a mobilidade urbana e o combate às ...